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3 de maio de 2018 Colaboração

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários, que fazem com que eles aumentem de tamanho.

É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de microcistos nos ovários. Sua causa ainda não é totalmente esclarecida.

Para o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários: exame clínico, ultrassom e exames laboratoriais. Através da ultrassonografia, a doença pode ser percebida pelo aparecimento de ovários de volume aumentado e pela presença de muitos pequenos cistos em cada ovário. É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional.

Um importante exame laboratorial a ser realizado é a dosagem da testosterona total, pois nessa síndrome os hormônios masculinos tendem a ser mais elevados que o normal. Outros hormônios devem ser dosados, bem como a dosagem da glicemia sérica e curva de insulina que podem se alterar também.

Mulheres que apresentam somente os cistos na ecografia, sem desordens de ovulação ou aumento dos níveis dos hormônios, não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta. Cabe ao ginecologista avaliar o melhor tratamento.

 

Dra.Martha Nogueira Lago – médica radiologista da Mamorad


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10 de abril de 2018 Notícias

De acordo com pesquisa britânica, 35% das mulheres acreditam que este é um período com o qual elas “simplesmente têm que lidar”

Metade das mulheres da Grã-Bretanha passa pela menopausa sem procurar orientação médica. De acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Britânica de Menopausa (BMS, na sigla em inglês), a principal razão para isso é a vergonha causada pelo estigma que envolve as mudanças enfrentadas pela mulher nessa fase.

O relatório também mostrou que 42% das mulheres tiveram sintomas da menopausa piores do que o esperavam, mas ainda assim 35% acreditam que isso é algo com que elas simplesmente “têm que lidar”.

Em relação aos sintomas, a maioria das mulheres na menopausa sofre com sete problemas, incluindo ondas de calor, suores noturnos, insônia e mudanças de humor, que podem durar de quatro a 12 anos (em 10% dos casos).

“Há uma percepção de que a menopausa só causa sintomas temporários, como ondas de calor. Quando a realidade aparece, pode ser um choque para muitas mulheres. Elas se sentem impotentes porque acreditam que as opções de tratamento são limitadas. Esse tipo de equívoco persiste a cada geração.”, disse Heather Currie, presidente da BMS.

As mulheres não mudam de postura nem mesmo quando um sintoma atrapalha a rotina diária.  De acordo com o levantamento, 36% relataram algum tipo de prejuízo na vida pessoal, 36% na profissional e 50% na sexual.

Para algumas mulheres, os sintomas da menopausa podem ser extremamente debilitantes e impactar dramaticamente sua qualidade de vida. Esta pesquisa mostra um quadro preocupante, uma vez que muitas mulheres estão sofrendo os sintomas da menopausa em silêncio”, alertou David Richmond, presidente da Royal College de Obstetras e Ginecologistas.

Menopausa

Em geral, a menopausa tem início por volta dos 50 anos. Essa nova etapa na vida da mulher representa o fim do ciclo ovulatório e se caracteriza como o dia da última menstruação e se consolida após um ano sem menstruar. Entretanto, as mudanças que preparam o corpo para a menopausa começam a partir dos 40 anos, quando o metabolismo desacelera – fica mais difícil emagrecer, por exemplo. Por volta dos 47 anos, os hormônios estrogênio e progesterona caem gradativamente.

Esse período de transição traz uma série de mudanças na mulher. Podem se manifestar mais de 200 sintomas, como ondas de calor, irritabilidade, diminuição da lubrificação vaginal, ressecamento da pele, irregularidade do ciclo menstrual, ondas súbitas de calor, mudanças de humor, suores noturnos, ganho de peso, desânimo, dor nas juntas, redução do desejo sexual, aumento da frequência de micção, dor de cabeça, palpitações e até dor durante a relação sexual.

Felizmente, bons hábitos de vida como seguir uma dieta saudável e praticar atividade física regularmente podem atenuar os sintomas da menopausa em até 80%. Optar pela reposição hormonal, a utilização de estrogênio e progesterona via pílulas, gel ou adesivos, requer cautela. O tratamento deve ser utilizado apenas quando a mulher tem sintomas muito intensos. Além disso, a paciente não pode ter histórico de câncer na família.

Fonte: Revista Veja

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13 de março de 2018 Blog

As funções dessa proteína vão bem além de manter a pele firme. Ela atua na prevenção de doenças como osteoartrite, que incapacita muita gente de levar o dia a dia

Estampado nos rótulos de xampus, hidratantes e produtos alimentícios, o colágeno figura no imaginário popular como sinônimo de uma pele firme e de cabelos resistentes, devido às suas propriedades de sustentação e elasticidade. Menos popular e mais vital, porém, é a sua capacidade de fortalecer as cartilagens. “Essas estruturas é que atenuam o atrito entre os ossos, evitando a osteoartrite, ou seja, a inflamação das articulações, que ficam desgastadas especialmente nos quadris, nas mãos, nos ombros e nos joelhos”, esclarece a nutricionista Nadia Brito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O quadro se acentua com o o envelhecimento e com o sobrepeso”, alerta.

Articulações de aço

A comida, diga-se, não entrega o colágeno de mão beijada. Mas as refeições abrigam a matéria-prima para sua fabricação dentro das células cartilaginosas. “Batizadas de condroblastos, essas unidades se valem dos aminoácidos glicina, prolina e hidroxiprolina, partículas proteicas provenientes dos alimentos de origem animal – como carnes vermelhas e ovos -, prontas para formar moléculas maiores, os peptídeos”, descreve, em detalhes, a nutricionista Andrea Frias, coordenadora do Centro de Pesquisas Sanavita, em São Paulo. “São esses peptídeos que dão origem às fibras colágenas, capazes de amortecer o impacto articular com força comparável à de um fio de aço.”
Acontece que, a partir dos 30 anos de idade, essa fábrica celular de colágeno “desacelera cerca de 1% ao ano”, como avisa Nadia. E a situação se agrava para o time feminino após a menopausa. “Os ovários deixam de liberar o hormônio estrogênio, que estimulava a síntese de colágeno a pleno vapor”, justifica Andrea. “Por isso, sua produção despenca, em média, 30% nos primeiros cinco anos dessa fase e, depois dela, uns 2% anualmente.” A boa notícia é que é possível evitar esse prejuízo com um cardápio que compensa a lentidão do organismo para gerar quantidades adequadas de colágeno.

Dose diária

Embora seja difícil mensurar em cada proteína a quantidade exata da tríade de aminoácidos formadores de colágeno, os especialistas garantem que incluir os alimentos certos nas refeições garante o aporte dos 10 gramas diários de que o organismo necessita. O pré-requisito inegociável você já conhece: a fonte proteica precisa ser de origem animal. “Carnes vermelhas, frango, peito de peru, peixes, ovos, queijo, leite e iogurte desnatado são as melhores apostas”, lista a nutricionista Alexandra Savino, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Pelo menos um desses itens deve constar nas principais refeições do dia. “Um copo de leite e dois bifes grandes já são capazes de contemplar a cota diária”, garante Nadia.
Para assegurar que os aminoácidos ingeridos serão, de fato, convertidos em reforço para a cartilagem, você pode dar uma ajuda extra ao corpo, consumindo fontes de nutrientes que colaboram com sua absorção ou participam das reações químicas que os transformam em peptídeos e, finalmente, em colágeno. “É o caso das vitaminas A, C e E, presentes na cenoura, no pepino, na laranja, no limão e na goiaba; do zinco, encontrado nos frutos do mar e na castanha-do-pará; do selênio das nozes e do arroz preto; do silício da aveia, da cevada e da alcachofra; e do cobre ofertado pelo fígado de boi e pelos cogumelos”, ensina Alexandra. As possibilidades são inúmeras e não custa nada investir em um copo de limonada no almoço ou acrescentar um punhado de castanhas no lanche da tarde.
Os supermercados ainda exibem produtos que prometem o chamado colágeno hidrolisado em sua formulação. “Eles contêm os aminoácidos submetidos a um processo enzimático químico que facilita sua incorporação pelo organismo”, explica Nadia. Vale dar crédito a eles, desde que com o cuidado de escolher uma marca idônea e devidamente certificada.

O destino do nutriente

O colágeno também constitui o tendão de aquiles, a ponta do nariz, os ossos e a conexão entre as costelas torácicas anteriores. “Os discos intervertebrais e uma das camadas das artérias são, ainda, formados por um tipo especial dessa proteína, chamado elastina”, explica o cientista de alimentos Jaime Farfan, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Por fim, o humor vítreo – substância ocular que preenche a área entre o cristalino e a retina – e músculos que revestem órgãos como o intestino também contam com o colágeno em sua composição.

Reforço bem-vindo

O laboratório Sanofi-Aventis acaba de lançar o Mobility, um suplemento de colágeno hidrolisado em forma de sachê, sem sabor nem cheiro, que pode ser dissolvido em bebidas e alimentos. “A suplementação é recomendada a pessoas com uma dieta carente em proteína animal e contraindicada a indivíduos com insuficiência renal”, esclarece Nadia Brito.

Casais perfeitos

Combinações à mesa que ajudam na produção proteica:
1. Peixe e rúcula: o ferro dos vegetais verde-escuros contribui com o processo de formação de colágeno. Aposte em pescados com rúcula e agrião.
2. Bife e suco: a bebida feita com laranja e acerola fornece vitamina C, que também dá uma força nesse processo. Ele pode acompanhar o bife do almoço.
3. Frango e tomate: para que o consumo do frango resulte em uma fabricação de colágeno eficiente, consuma-o com tomate-cereja, que provê o auxílio das vitaminas A e C.
4. Gelatina e companhia: contrariando a crença popular, a sobremesa está longe de ser a melhor coadjuvante na fabricação de colágeno. “A maioria das gelatinas contém uma quantidade insignificante de proteína”, desmitifica Andrea Frias. “A exceção são os produtos com colágeno hidrolisado”, ressalta Jaime Farfan. O mesmo vale para geleias de mocotó e balas de colágeno.

Os aliados

Veja as quantidades totais de proteínas em 100 gramas de alguns alimentos. Elas contêm aquele trio de aminoácidos essencial para a formação de colágeno.
1. Carne vermelha: o contrafilé grelhado, por exemplo, fornece 35,9 gramas.
2. Frango: grelhado, ele oferece 32 gramas.
3. Peixe: o atum é uma boa pedida e tem 26,2 gramas de proteína.
4. Queijos: o minas conta com 17,4 gramas de proteína. Procure alterná-lo com o cottage.
5. Ovo: quando cozido, seu valor proteico é de 13,3 gramas.
Fonte: Revista Saúde e M de Mulher


16 de fevereiro de 2018 Blog

O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres e a principal causa de morte por tumor entre as mulheres no Brasil e no mundo. Entretanto, no Brasil, diferente dos países desenvolvidos, a mortalidade pelo câncer de mama continua aumentando.

A causa do contínuo aumento da mortalidade pelo câncer de mama no Brasil é a falta de programas de rastreamento adequados e baixa adesão da população aos programas oferecidos – principalmente devido à falta de informação ou então ao acesso a informações distorcidas vinculadas nos meios de comunicação.

A única forma de mudar essa situação é através da ampla divulgação da importância da detecção precoce do câncer de mama. Ou seja, a mamografia é a único exame que, quando realizado de forma sistemática a partir dos 40 anos, comprovadamente reduz a mortalidade pelo câncer de mama. Isso demonstrado em estudos realizados em mais de 500 mil mulheres acompanhadas por mais de 20 anos (redução de 15% até 45% em relação às mulheres que não fazem mamografia).

Dessa forma, o CBR esclarece que está tomando todas as medidas cabíveis no sentido de esclarecimento de publicações distorcidas observadas recentemente nas mídias eletrônicas. Ter acesso a informação correta e com base científica é um direito de todas as mulheres e uma preocupação constante do CBR.

 

Atenciosamente,

Comissão Nacional de Mamografia


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10 de janeiro de 2018 Avanços científicos

Além de facilitar o acompanhamento da doença, a tecnologia evitaria que algumas mulheres tomassem remédio por mais tempo do que o necessário

Um estudo americano indica que, no futuro, uma nova tecnologia pode facilitar (e muito) a vida de pacientes que já superaram um câncer de mama. Por meio de um simples exame de sangue, será possível antever o surgimento de um segundo tumor na região – e, assim, realizar o tratamento apropriado antes de isso acontecer.

Segundo o artigo, o teste deverá ser feito cinco anos após o diagnóstico da doença. Líder da pesquisa, o médico Joseph Sparano, do Centro para Cuidado do Câncer Montefiore Einstein (EUA) afirma que, se o resultado da nova avaliação for negativo, as chances de não ter um novo câncer de mama nos próximos dois anos são de impressionantes 98%. Isso é importantíssimo, uma vez que mulheres que já foram flagradas com esse mal uma vez possuem um risco maior de voltar a sofrer com ele.

O exame foi batizado de CellSearch, e procura por células cancerosas espalhadas no sangue. Ele até já está disponível nos Estados Unidos, mas sua real eficácia era questionável pela ausência de evidências científicas. Essa pesquisa, ao que parece, vai dar mais força ao teste – e estimular mais experimentos com ele.

O estudo em si

Foram incluídas no trabalho 547 mulheres que, cinco anos antes, passaram por cirurgia e quimioterapia para vencer um câncer de mama. Cerca de 66% delas, aliás, vinham tomando desde então bloqueadores de hormônios femininos (a chamada hormonioterapia). Trata-se de uma estratégia comum nos casos em que o tumor é estimulado pelo estrogênio.

A partir daí, elas fizeram o tal exame de sangue e foram acompanhadas por mais dois anos. Conclusão: quando a avaliação acusava a presença de células de câncer no sangue, a probabilidade de um tumor de mama reaparecer nesses período era 22 vezes maior!

Só tem um porém: mesmo se o resultado era positivo (ou seja, apontava unidades cancerosas na circulação), 65% das mulheres acabaram não tendo um novo tumor. De acordo com Sparano, no entanto, isso não inviabiliza o exame. “Não acompanhamos as pacientes por tempo suficiente”, disse, em entrevista ao New York Times. Em outras palavras, é possível que esse segundo câncer de mama se desenvolvesse após dois anos.

Outra ponderação importante é a de que a tecnologia analisada não consegue identificar o risco de um novo câncer em mulheres cuja doença não fora causada pelo estrogênio.

 

Fonte: Revista Saúde é Vital


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29 de novembro de 2017 Blog

O acidente vascular cerebral (AVC, também conhecido pelo termo leigo “derrame”) é a principal causa de morte no Brasil atual, situação que se repete em diversos lugares do mundo moderno.

Dentre os tipos de AVC, o mais frequente é o embólico, e ocorre de duas formas: na primeira, um fragmento de sangue coagulado se forma no coração (êmbolo), e, viaja pelos vasos sanguíneos até o cérebro. Na segunda, uma placa de aterosclerose se forma na artéria carótida (vaso sanguíneo situado no pescoço e que leva sangue ao cérebro) e eventualmente se rompe, lançando fragmentos de sangue coagulado, cálcio e colesterol na direção dos vasos cerebrais. Em ambas situações, os fragmentos e êmbolos obstruem uma ou mais artérias do cérebro, que sem receber sangue, sofre a morte de parte de suas células.

A estenose (estreitamento) das artérias carótidas ocorre pela formação da chamada aterosclerose. A aterosclerose é uma degeneração gradual da parede das artérias, cujas principais causas são: Hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, tabagismo e colesterol alto. A aterosclerose vai provocando uma obstrução gradual das artérias, fazendo com que o espaço para a passagem do sangue fique cada vez mais estreito, e podendo chegar à obstrução (entupimento) total.

Nas artérias carótidas, porém, existe ainda um componente mais grave: A força da passagem do sangue pode romper a placa de aterosclerose, fazendo com que seus detritos alcancem a circulação cerebral e provoquem o derrame.

SINTOMAS

A doença carotídea é traiçoeira: pode passar desapercebida por vários anos, e o seu primeiro sintoma pode ser justamente o AVC. Na sua forma mais comum, o AVC provoca uma súbita perda dos movimentos em um lado do corpo (braço e/ou perna), e eventualmente perda da fala, mas pode ser até mesmo fatal. Tais sintomas podem se reverter total ou parcialmente com o tempo, ou deixarem seqüelas graves.

CONFIRMANDO A PRESENÇA DA DOENÇA

O diagnóstico da doença carotídea começa na consulta clínica: a história clínica do paciente, análise dos seus fatores de risco e exame físico podem sugerir que a doença esteja presente.

O exame inicial para confirmação da doença carotídea é o ultrassom-Doppler, um exame simples, sem o uso de radiação e que não requer preparação do paciente. Neste exame (figura 1), o médico pode ver o estreitamento das artérias e medir a velocidade com que o sangue passa em seu interior. Quanto mais alta a velocidade, maior o grau de estreitamento.

A tomografia computadorizada com contraste ou a angiografia (cateterismo) são exames usados para confirmar definitivamente a doença, e que também ajudam no planejamento do tratamento.

TRATAMENTO

O Tratamento começa pelo combate aos fatores que provocam o aparecimento e progressão da doença: controle da pressão arterial, do diabetes, do colesterol alto e cessação do tabagismo. Medicações antiagregantes plaquetárias (que “afinam o sangue”) também são usadas.

Para os pacientes com estreitamentos moderados e sem histórico de AVC, a escolha usual é o tratamento medicamentoso (vide acima). Mas para casos onde o estreitamento é muito severo, o ideal é corrigi-lo. Isto pode ser feito de duas maneiras, descritas abaixo:

Cirurgia convencional

Na cirurgia convencional, o paciente recebe usualmente anestesia geral, e o cirurgião vascular faz uma incisão (corte) no pescoço e remove cirurgicamente a placa de dentro da artéria carótida. Assim, o sangue volta a fluir normalmente pela artéria e o risco de AVC diminui substancialmente. É uma cirurgia que costuma levar de uma a duas horas e com resultados muito bons quando adequadamente indicada.

Angioplastia com stent

Na angioplastia com stent (figura 2), o paciente recebe usualmente anestesia local (e às vezes uma leve sedação), e o cirurgião vascular faz uma punção (perfuração) na artéria da virilha, chegando por meio de cateterismo até o pescoço. Uma vez perto da lesão, coloca um “stent”, espécie de rede tubular metálica, que dilata o estreitamento da artéria, fazendo-a voltar ao tamanho original. Da mesma forma que a cirurgia, o sangue volta a fluir normalmente e o risco de AVC diminui substancialmente. A angioplastia costuma durar entre 25 e 45 minutos, e tem resultados igualmente bons quando executado por médicos experientes.

COMO PREVENIR A DOENÇA DA ARTÉRIA CARÓTIDA?

Aqui entram as regras clássicas para uma boa saúde: evitar a vida sedentária e a obesidade, fazer exercícios regulares, visitar seu médico regularmente para “check-ups” periódicos, controlar a pressão arterial e o diabetes quando presentes e não fumar.

Naturalmente, cada indivíduo ao desenvolver a doença carotídea aterosclerótica, carrega consigo características pessoais com inúmeras possibilidades de apresentação clínica, alterações anatômicas e diferentes doenças associadas. Logo, a decisão de qual ou quais as adequadas modalidades/técnicas de tratamento a serem adotadas, após avaliação de suas vantagens e desvantagens, deve ser estabelecida pelo médico que assiste o paciente.

 

Fonte: SBACV – Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular


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17 de outubro de 2017 Blog

O que é câncer de mama?

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos. Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Especificamente no Brasil, esse percentual é um pouco mais elevado e chega a 28,1%.

Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sinais e sintomas
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos

As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.

Como prevenir

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, como:

  • Praticar atividade física regularmente;
  • Alimentar-se de forma saudável;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Amamentar

O que aumenta o risco?
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são:

Fatores ambientais e comportamentais:

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Fatores da história reprodutiva e hormonal

  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Fatores genéticos e hereditários*

  • História familiar de câncer de ovário;
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

*A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/ hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama.

O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença. Homens também podem ter câncer de mama, mas somente 1% do total de casos é diagnosticado em homens.
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.

Detecção precoce

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.

Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.

Mamografia de rastreamento e mamografia diagnóstica: qual a diferença?

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde – assim como a da Organização Mundial da Saúde e a de outros países – é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.

A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Conheça os principais benefícios e riscos desse exame.

Benefícios

    • Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
    • Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.

Riscos:

  • Suspeita de câncer de mama. Isso requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
  • Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
  • Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama
  • Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição.

Mamografia diagnóstica
A mamografia diagnóstica, assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica geralmente não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

Fonte: INCA – Instituto Nacional do Câncer

 



15 de agosto de 2017 Gestão

O diretor administrativo da Mamorad, Ivanio Bernardon (foto), participou do III Curso de Formação de Auditores Internos do PADI (Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem), realizado na AMRIGS (Associação Médica do RS), em Porto Alegre, entre os dias 10 e 12 de Agosto.

O PADI é uma iniciativa do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), que é reconhecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como entidade acreditadora e como gestora de outros programas de qualidade pelos Selos de Mamografia, Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada e Ultrassonografia.

O objetivo principal do PADI é qualificar nacionalmente os serviços, públicos ou privados, que aderirem voluntariamente ao programa, por meio de avaliações, criteriosas e imparciais, do cumprimento de requisitos mínimos de qualidade, segurança e sustentabilidade, constituindo-se em um referencial de qualidade e um padrão de excelência para o setor.

O plano estratégico da atual gestão da Mamorad prevê a busca pela acreditação em diagnóstico por imagem até o segundo semestre de 2018.

Ivanio Bernardon é economista formado pela Universidade de Passo Fundo e atua na clínica desde 2015.


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9 de agosto de 2017 Novas Tecnologias

A mamografia 3D, também conhecida como Tomossíntese, é uma das grandes evoluções para o diagnóstico do câncer de mama. Devido à alta precisão e ao detalhamento de lesões suspeitas, a procura pelo exame tem aumentado significativamente nos últimos anos.

Um estudo nos Estados Unidos, realizado com 500 mil mulheres e divulgado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que, comparada à mamografia 2D, a Tomossíntese detectou um volume de casos de câncer de mama invasivo 40% superior.

De acordo com a diretora médica da Mamorad, Radiá Pereira dos Santos, o exame em 3D alterou a forma de entendimento da mamografia, reduzindo os índices de falsos positivos em 15 %. A tecnologia já é aprovada no Brasil há alguns anos, porém ainda pouco utilizada.

A Dra. Radiá aponta algumas diferenças entre a tomossíntese e a mamografia convencional:

– O exame em 2D pode criar sombras sobrepostas. Já em 3D, oferece mais opções de ângulos e, portanto, mais precisão no resultado;

– A mamografia 2D é importante para a detecção de pequenos depósitos de cálcio e, por isso, não deve ser aposentada. Em muitos casos, ambas se complementam na obtenção de um diagnóstico preciso;

– A Tomossíntese é feita quando surgem dúvidas na mamografia convencional, pois a imagem da mama em 3 D é mais clara e permite avaliar se os tumores são invasivos ou não;

– A mamografia tridimensional possibilita um mapeamento detalhado em toda a glândula mamária, tornando possível visualizar segmentos minúsculos da mama em três dimensões. A evolução permite que o médico perceba toda estrutura dentro da glândula mamária, melhorando o diagnóstico sensivelmente.

Segundo a pesquisa do JAMA, a mamografia 3D aumenta em 29% a detecção de cânceres mamários em relação ao exame bidimensional. Considerados apenas os tumores agressivos, a diferença chega a 41%.


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