A mamografia 3D, também conhecida como Tomossíntese, é uma das grandes evoluções para o diagnóstico do câncer de mama. Devido à alta precisão e ao detalhamento de lesões suspeitas, a procura pelo exame tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Um estudo nos Estados Unidos, realizado com 500 mil mulheres e divulgado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que, comparada à mamografia 2D, a Tomossíntese detectou um volume de casos de câncer de mama invasivo 40% superior.
De acordo com a diretora médica da Mamorad, Radiá Pereira dos Santos, o exame em 3D alterou a forma de entendimento da mamografia, reduzindo os índices de falsos positivos em 15 %. A tecnologia já é aprovada no Brasil há alguns anos, porém ainda pouco utilizada.
A Dra. Radiá aponta algumas diferenças entre a tomossíntese e a mamografia convencional:
– O exame em 2D pode criar sombras sobrepostas. Já em 3D, oferece mais opções de ângulos e, portanto, mais precisão no resultado;
– A mamografia 2D é importante para a detecção de pequenos depósitos de cálcio e, por isso, não deve ser aposentada. Em muitos casos, ambas se complementam na obtenção de um diagnóstico preciso;
– A Tomossíntese é feita quando surgem dúvidas na mamografia convencional, pois a imagem da mama em 3 D é mais clara e permite avaliar se os tumores são invasivos ou não;
– A mamografia tridimensional possibilita um mapeamento detalhado em toda a glândula mamária, tornando possível visualizar segmentos minúsculos da mama em três dimensões. A evolução permite que o médico perceba toda estrutura dentro da glândula mamária, melhorando o diagnóstico sensivelmente.
Segundo a pesquisa do JAMA, a mamografia 3D aumenta em 29% a detecção de cânceres mamários em relação ao exame bidimensional. Considerados apenas os tumores agressivos, a diferença chega a 41%.